BAETIDAE

GÊNEROS
ESPÉCIES
INFORMAÇÕES GERAIS
IMAGENS

  • AMELETOPSIDAE 2
  • BAETIDAE 240
  • CAENIDAE 36
  • COLOBURISCIDAE 1
  • CORYPHORIDAE 2
  • EPHEMERIDAE 3
  • EUTHYPLOCIIDAE 9
  • Fósseis 16
  • LEPTOHYPHIDAE 116
  • LEPTOPHLEBIIDAE 261
  • MELANEMERELLIDAE 1
  • NESAMELETIDAE 1
  • OLIGONEURIIDAE 25
  • ONISCIGASTRIDAE 1
  • POLYMITARCYIDAE 68
  • Espécies.

    Cloeodes maracatu Lima, Pinheiro & Massariol, 2013


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    Distribuição:
    Bibliografia: Massariol, Lima, Pinheiro, Queiroz, Oliveira & Salles (2013)

    Harpagobaetis gulosus Mol, 1986

    Distribuição: , ,
    Bibliografia: Salles & Lugo-Ortiz 2002b, Salles et al. 2004b, Falcão et al. 2010, Shimano et al. 2010, Falcao et al. 2011, Boldrini et al. 2012, Lima et al. 2012c, Salles et al. 2014, Boldrini & Cruz 2014

    Distribuição e diversidade

    A família Baetidae é um dos grupos mais representativos da ordem Ephemeroptera, encontrando-se amplamente distribuído em todos os continentes, exceto pela Antártica e algumas ilhas oceânicas (Edmunds et al. 1976).  Em número de gêneros só são inferiores aos Leptophlebiidae, porém os superam em número de espécies.  Atualmente encontram-se descritos cerca de 100 gêneros e 900 espécies (Barber-James et al. 2008, Gattolliat & Nieto 2009). Para o Brasil estão registrados 23 gêneros e 93 espécies.  Os gêneros mais diversos são Baetodes, Callibaetis, Camelobaetidius, Cloeodes e Paracloeodes, representando em conjunto mais de 50% das espécies que ocorrem no país.  Uma vez que os demais gêneros sul-americanos de Baetidae não registrados para o país parecem estar confinados à Região Andina e à Zona de Transição Sul-americana (sensu Morrone 2004), esperamos que estes não venham a ser encontrados no país (e.g. Andesiops Lugo-Ortiz & McCafferty, Nanomis Lugo-Ortiz & McCafferty).

    Sistemática

    Historicamente foi considerada como mais estreitamente relacionada a Siphlaenigmatidae, família monotípica e endêmica da Nova Zelândia (Staniczek 1997) e integrante de um grupo maior denominado Pisciforma (McCafferty 1991) ou Tridentiseta (Kluge 1994).  Ogden et al. (2009), no entanto, não encontraram evidências que sustentassem a inclusão de Baetidae nesses grupos, ou mesmo como grupo irmão de Siphlaenigmatidae.  De acordo com esses autores Baetidae seria grupo irmão de todos as demais famílias de Ephemeroptera, exceto por Siphluriscidae.

    Diagnose (modificada de Salles 2006, Da-Silva & Salles 2012)

    Baetidae

    **Ninfas: corpo em geral fusiforme, cabeça hipognata e filamentos caudais tão longos ou mais curtos que o corpo, com cerdas natatórias geralmente presentes; ramos laterais da sutura epicranial situados abaixo dos ocelos laterais; pernas com um lobo distal ventralmente orientado.; brânquias formadas por uma única lamela, a qual pode apresentar dobras em alguns gêneros.

    **Adultos: asa anterior ovalada, com margem cúbito-anal pouco desenvolvida (menor que a metade da margem externa ou quase indistinta); asa posterior relativamente pequena, menor que 1/10 da asa anterior, ou mesmo ausente; veias intercalares marginais presentes, simples ou duplas; olhos compostos dos machos turbinados (exceto em Aturbina Lugo-Ortiz & McCafferty); filamento terminal reduzido; IMA, MA2 e IMP, MP2 destacadas da base.

    Habitat e meso-habitat

    Ninfas de Baetidae são encontradas tanto em ambientes lênticos quanto lóticos (sendo que nesse último atingem sua maior diversidade), assim como nos mais variados habitats de água doce.  Ocupam, e geralmente são abundantes, em todos os meso-habitats disponíveis: pedras, cascalho, folhiço, troncos, vegetação marginal, hidrófitas e até mesmo fitotelmas, sendo que exceto por esse último, a velocidade da água (desde estagnada até a correnteza muito forte) não oferece impedimento para a colonização por parte dos Baetidae.  Em alguns gêneros, como Camelobaetidius Demoulin, Baetodes Needham & Murphy, Waltzoyphius McCafferty & Lugo-Ortiz, Callibaetis Eaton, todas as espécies apresentam uma habitat mais restrito, pelo menos com relação à velocidade da água (e obviamente outros fatores a ela relacionados, como oxigênio por exemplo).  Já em outros casos, como em Americabaetis Kluge, algumas espécies estão adaptadas a viver em áreas de remanso ou pouco correnteza, como vegetação marginal e folhiço depositado no fundo (e.g. A. alphusA. longetron), enquanto outras vivem geralmente em lajes ou grandes pedras em áreas de forte correnteza (e.g. A. labiosusA. titthion).

    Por ocuparem virtualmente praticamente todos os meso-habitats, ninfas de Baetidae podem ser classificadas em quase todas as categorias da comunidade bentônica, como agarradores, escaladores e reptantes.  Contudo, ninfas de quase todos os gêneros, exceto pelos agarradores mais especializados (e.g. Baetodes Camelobaetidius com o filamento mediano reduzido), são boas nadadoras.

    Hábitos

    A maioria dos Baetidae é coletora de matéria orgânica particulada depositada no fundo, mas algumas espécies ou mesmo gêneros são raspadores, o que ocorre geralmente com aquelas ninfas que vivem em áreas de correnteza mais forte, como Baetodes Camelobaetidius.  Os gêneros monotípicos Harpagobaetis Mol e Chane Nieto constituem as únicas exceções aos hábitos alimentares descritos acima.  Enquanto as ninfas do primeiro são predadoras, principalmente de larvas de Diptera, as de Chane, pelo menos com base na morfologia das peças bucais, devem apresentar um hábito alimentar do tipo coletor-filtrador.

    Referências

    Barber-James H.M. & Gattolliat J.-L. & Sartori M. & Hubbard M.D. 2008. Global diversity of mayflies (Ephemeroptera, Insecta) in freshwater. Hydrobiologia 595: 339-350.

    Da-Silva, E. R. & F. F. Salles. 2012. Ephemeroptera Hyatt & Arms, 1891, p. 231–244.  In: J. A. Rafael, G. A. R. Melo, C. J. B. Carvalho, S. A. Casari & R. Constantino(Eds.). Insetos do Brasil: Diversidade e taxonomia. Ribeirão Preto, Holos, 810 p.

    Edmunds Jr GF; Jensen SL; Berner, L. 1976, The Mayflies of North and Central America. University of Minnesota Press, Minneapolis. x + 330 pp.

    Gattolliat J.-L. & Nieto C. 2009. The family Baetidae (Insecta: Ephemeroptera): synthesis and future challenges. // In: International Perspectives in Mayfly and Stonefly Research // Proceedings of the 12th International Conference on Ephemeroptera and the 16th International Symposium on Plecoptera, Stuttgart 2008 // Aquatic Insects 31, Suppl.1:. 41-62.

    Kluge NYu. 2004. The Phylogenetic System of Ephemeroptera. Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, 442 pp.

    McCafferty WP. 1991. Toward a phylogenetic classification of the Ephemeroptera (Insecta): A commentary on systematics. Annals of the Entomological Society of America 84:343-360.

    Morrone JJ. 2004. Panbiogeografia, componentes bióticos y zonas de transición. Revista Brasileira de Entomologia 48:149–162.

    Ogden T.H. & Gattolliat J.L. & Sartori M. & Staniczek A.H. & Soldan T. & Whiling M.F. 2009. Towards a new paradigm in mayfly phylogeny (Ephemeroptera): conbined analysis of morphological and molecular data. Systematic Entomology 34: 616-634.

    Salles, F.F.  2006. A ordem Ephemeroptera no Brasil (Insecta): Taxonomia e diversidade. 313 f. Tese  (Doutorado em Entomologia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

    Staniczek A.H. 1997. The morphology of Siphleanigma janae Penniket (Ephemeroptera, Siphlaenigmatidae), and its significance for the ground plan of the Baetoidea. In: P. Landolt & M. Sartori (eds.). Ephemeroptera & Plecoptera. Biology-Ecology-Systematics (Proc. 8th Int. Conf. Ephemeroptera & 12th Int. Symp. Plecoptera 14–20 August 1995, Losanne, Switzerland). Mauron+Tinguely & Lacht SA, Fribourg / Switzerland: 536–549.

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