MELANEMERELLIDAE

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IMAGENS

Gêneros:

  • Melanemerella (1)

  • Distribuição e diversidade

    Melanemerellidae é uma família monotípica, endêmica do Brasil, mais precisamente a áreas de Mata Atlântica da Região Sudeste, e representada por Melanemerella brasiliana Ulmer, 1920.  A exemplo do que ocorreu com Coryphoridae, Melanemerella foi originalmente descrita com base em apenas um estágio (nessa caso imago fêmea) e em função disso sua classificação foi sempre controversa.  Primeiramente foi designada como Ephemerellidae (Ulmer 1920), posteriormente foi transferida para Tricorythidae (Demoulin1955) e até para Leptophlebiidae (Wang & McCafferty 1996).  Somente com a descrição das ninfas e ovos a posição de Melanemerella pôde ser esclarecida e uma família foi erigida para abrigar o gênero e a espécie (Molineri & Dominguez 2003).

    Sistemática

    Fazem parte de um grupo denominado Pannota, que integra em conjunto com Caenoidea, Leptophlebiidae e Potamanthidae um grupo maior denominado Furcatergalia (Ogden et al. 2009).  Juntamente com Coryphoridae e Leptohyphidae, e outras famílias que não ocorrem no Brasil, é integrante de Ephemerelloidea. De acordo com Molineri & Dominguez (2003), Melanemerellidae está mais proximamente relacionada a outros integrantes de Ephemerelloidea do que com relação aos outros integrantes deste grupo ocorrentes na América do Sul.

    Diagnose (modificada de Salles 2006, Da Silva & Salles 2012)

    **Ninfa: tecas alares anteriores unidas medialmente, posteriores presentes; brânquias  operculares ovaladas, afastadas medialmente; brânquias presentes nos segmentos abdominais II a VI. tubérculos pares presentes nos tergitos abdominais I a IX.

    **Adulto: asa anterior ovalada a sub-triangular, com margem cúbito-anal pouco desenvolvida (menor que a metade da margem externa ou quase indistinta); veias intercalares marginais presentes, duplas ou triplas; asa posterior com muitas veias; filamento  terminal desenvolvido. 

    Habitat e meso-habitat

    Pouco se sabe a respeito da biologia de Melanemerellidae, as ninfas são exclusivas de ambientes lóticos e aparentemente apresentam alguma preferência por folhiço em decomposição.  Até o momento só foram coletadas em áreas bem preservadas e em altitudes geralmente superiores a mil metros.

    Hábitos

    Molineri & Domínguez (2003) ao analisarem o conteúdo digestivo de algumas ninfas encontraram matéria orgânica grossamente particulada e sugeriram, com base na morfologia das peças bucais, que ninfas de Melanemerella sejam primariamente fragmentadoras. 

    Referências

    Da-Silva, E. R. & F. F. Salles. 2012. Ephemeroptera Hyatt & Arms, 1891, p. 231–244.  In: J. A. Rafael, G. A. R. Melo, C. J. B. Carvalho, S. A. Casari & R. Constantino(Eds.). Insetos do Brasil: Diversidade e taxonomia. Ribeirão Preto, Holos, 810 p.

    Molineri C. & Dominguez E. 2003. Nymph and egg of Melanemerella brasiliana (Ephemeroptera: Ephemerelloidea: Melanemerellidae), with comments on its systematic position and the higher classification of Ephemerelloidea. Journal of the North American Benthological Society 22(2): 263-275.

    Ogden T.H. & Gattolliat J.L. & Sartori M. & Staniczek A.H. & Soldan T. & Whiling M.F. 2009. Towards a new paradigm in mayfly phylogeny (Ephemeroptera): conbined analysis of morphological and molecular data.  Systematic Entomology 34: 616-634.

    Salles, F.F.  2006. A ordem Ephemeroptera no Brasil (Insecta): Taxonomia e diversidade. 313 f. Tese  (Doutorado em Entomologia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

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