LEPTOPHLEBIIDAE

GÊNEROS
ESPÉCIES
INFORMAÇÕES GERAIS
IMAGENS

  • AMELETOPSIDAE 2
  • BAETIDAE 240
  • CAENIDAE 36
  • COLOBURISCIDAE 1
  • CORYPHORIDAE 2
  • EPHEMERIDAE 3
  • EUTHYPLOCIIDAE 9
  • Fósseis 16
  • LEPTOHYPHIDAE 116
  • LEPTOPHLEBIIDAE 261
  • MELANEMERELLIDAE 1
  • NESAMELETIDAE 1
  • OLIGONEURIIDAE 25
  • ONISCIGASTRIDAE 1
  • POLYMITARCYIDAE 68
  • Espécies.

    Hagenulopsis diptera Ulmer, 1920

    Distribuição:
    Bibliografia: Ulmer (1920), Domínguez, Molineri & Mariano (2009), Salles et al. (2010), Da-Silva et al. (2010), Campos et al. (2022)

    Distribuição e diversidade

    Leptophlebiidae é uma das famílias de Ephemeroptera que apresenta a mais ampla distribuição, incluindo algumas ilhas oceânicas.  No Hemisfério Sul atinge a sua máxima diversidade, sendo em muitas áreas o principal componente da fauna de Ephemeroptera (Edmunds et al. 1976).  Encontra-se dividida em duas ou três subfamílias, sendo que apenas uma, Atalophlebiinae, está registrada para a América do Sul.  Na Região Neotropical é a família com o maior número de gêneros e a segunda em número de espécies descritos até o momento, 39 e 175, respectivamente, só para a América do Sul.  Para o Brasil, 26 gêneros e 81 espécies estão registrados.  O grande número de gêneros de Leptophlebiidae registrados para a América do Sul, e não encontrados no país até o momento, é devido a restrição com relação a distribuição de muitos deles, aparentemente endêmicos de áreas elevadas como a Região Andina [veja Savage (1987) para maiores detalhes].

    Sistemática

    Encontra-se inserida em um clado bem sustentado de Ephemeroptera denominado Furcatergalia, sendo considerado o grupo irmão dos demais representantes: Potamanthidae, Fossoriae e Pannota (Ogden et al. 2009). Os Leptophlebiidae fazem parte Furcatergalia, e de acordo com Odgen  & Whiting (2005) formam o grupo irmão de todos os demais representantes dessa subordem.

    Diagnose (modificada de Salles 2006, Da-Silva e Salles 2012)

    **Ninfa: corpo em geral achatado dorso-ventralmente e cabeça prognata, constituindo uma exceção os gêneros representantes da LinhagemTerpides, que possuem o corpo fusiforme e a cabeça hipognata; ramos laterais da sutura epicranial tocando os ocelos laterais; brânquias presentes de I-VII, I-VI (pouco comum) e I-V (raro); brânquias de formato variado e em geral com duas lamelas; cercos e filamentos medianos em geral mais longos que o comprimento do corpo.

    **Adulto: olhos compostos dos machos turbinados; asa anterior ovalada ou sub-triangular, com margem cúbito-anal pouco desenvolvida (menor que a metade da margem externa ou quase indistinta) e com duas a quatro veias intercalares longas entre CuAe CuP; asa posterior, na maioria dos casos, relativamente pequena (de 1/8 a 1/10 da asa anterior), ou mesmo ausente; veias transversais próximas ou conectadas à margem externa da asa anterior; filamento terminal desenvolvido.

    Habitat e meso-habitat

    Ninfas de Leptophlebiidae atingem sua maior diversidade em ambientes lóticos, com poucos gêneros ocupando com sucesso ambientes lênticos (e.g. Ulmeritus Traver, 1956 e Ulmeritoides Traver, 1959). No entanto, áreas de remanso em ambientes lóticos, principalmente onde há acúmulo de folhiço em decomposição, podem ser ocupadas por uma grande variedade de gêneros dessa família.  De fato, nesse tipo de ambiente praticamente todos os meso-habitats disponíveis, tais como pedras, cascalho, folhiço, troncos e hidrófitas podem ser ocupados por ninfas de Leptophlebiidae. Correntezas muito fortes, no entanto, parecem constituir um impedimento para colonização. Quando coletadas em áreas com correnteza forte, ninfas de Leptophlebiidae estão geralmente vivendo abaixo das pedras ou em áreas protegidas do impacto direto da correnteza.

    Sendo assim, as ninfas dessa família podem ser classificadas basicamente como reptantes e em menor grau como agarradoras.  Os representantes da Linhagem Terpides, ao contrário dos demais Leptophlebiidae, estão bem adaptados para nadar, e devido à forma geral do corpo e a maneira como se locomovem no campo lembram muito as ninfas de Baetidae.

    Hábitos

    A exemplo da diversidade de formas e habitats ocupados, as ninfas de Leptophlebiidae podem apresentar distintos hábitos alimentares.  Apesar de tidas pela maioria dos autores como raspadoras, uma outra forma de alimentação, comum entre os integrantes do chamado Complexo genérico Hermanella, é a filtração.  De acordo com Polegatto & Froehlich (2003), alguns Leptophlebiidae raspadores também podem se alimentar filtrando partículas em suspensão na coluna d’água, num processo denominado como filtração ocasional.  Numa chave para identificação de grupos funcionais alimentares, Cummins et al. (2005) determinam os Leptophlebiidae de corpo fusiforme (representantes da Linhagem Terpides?) como coletores-apanhadores.

    Referências

    Cummins K.W., Merrit R.W. and Andrade P., 2005. The use of invertebrate functional groups to characterize ecosystem attributes in selected streams and rivers in southeast Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment 40 (1), 71 – 90.

    Da-Silva, E. R. & F. F. Salles. 2012. Ephemeroptera Hyatt & Arms, 1891, p. 231–244.  In: J. A. Rafael, G. A. R. Melo, C. J. B. Carvalho, S. A. Casari & R. Constantino(Eds.). Insetos do Brasil: Diversidade e taxonomia. Ribeirão Preto, Holos, 810 p.

    Edmunds G.F., Jr. & Jensen S.L. & Berner L. 1976. The mayflies of North and Central America. Univ. Minnesota Press., 330 pp.

    Ogden T.H. & Gattolliat J.L. & Sartori M. & Staniczek A.H. & Soldan T. & Whiling M.F. 2009. Towards a new paradigm in mayfly phylogeny (Ephemeroptera): conbined analysis of morphological and molecular data.  Systematic Entomology 34: 616-634.

    Ogden T.H. & Whiting M.F. 2005.  Phylogeny of Ephemeroptera (mayflies) based on molecular evidence. Molecular Phylogenetics and Evolution 37: 625–643.

    Polegatto C.M. & Froehlich C.G. 2003. Feeding strategies in Atalophlebiinae (Ephemeroptera: Leptophlebiidae), with considerations on scraping and filtering. In.: Gaino E. (ed.). Research Update on Ephemeroptera & Plecoptera (Proc. 2001 Int. Joint Meeting – X Int. Conf. on Ephemeroptera & XIV Int. Symp. on Plecoptera, August 5–11, 2001 in Perugia). Univ. Perugia, Italy: 55-61.

    Salles, F.F.  2006. A ordem Ephemeroptera no Brasil (Insecta): Taxonomia e diversidade. 313 f. Tese  (Doutorado em Entomologia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

    Savage H.M. 1987. Biogeograhic classification of the neotropical Leptophlebiidae (Ephemeroptera) based upon geological centres of ancestral origin and ecology. Stud. Neotrop. Fauna and Environment 22(4): 199–222.

  • AMELETOPSIDAE (2)
  • BAETIDAE (239)
  • CAENIDAE (36)
  • COLOBURISCIDAE (1)
  • CORYPHORIDAE (2)
  • EPHEMERIDAE (3)
  • EUTHYPLOCIIDAE (9)
  • FÓSSEIS (16)
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  • LEPTOPHLEBIIDAE (261)
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