LEPTOHYPHIDAE

GÊNEROS
ESPÉCIES
INFORMAÇÕES GERAIS
IMAGENS

  • AMELETOPSIDAE 2
  • BAETIDAE 240
  • CAENIDAE 36
  • COLOBURISCIDAE 1
  • CORYPHORIDAE 2
  • EPHEMERIDAE 3
  • EUTHYPLOCIIDAE 9
  • Fósseis 16
  • LEPTOHYPHIDAE 116
  • LEPTOPHLEBIIDAE 261
  • MELANEMERELLIDAE 1
  • NESAMELETIDAE 1
  • OLIGONEURIIDAE 25
  • ONISCIGASTRIDAE 1
  • POLYMITARCYIDAE 68
  • Espécies.

    Leptohyphes cornutus Allen, 1967

    Distribuição:
    Bibliografia: Allen (1967), Molineri (2003), Dias, Salles, Polegatto, Silva & Froehlich (2007), Dias, Molineri & Ferreira (2007), Nascimento, Molineri & Salles (2014)

    Distribuição e diversidade

    Leptohyphidae tem sua distribuição restrita ao Hemisfério Ocidental.  Apesar de também estar presente na Região Neártica, é um grupo claramente de origem Neotropical.  Pode ser considerado, após Baetidae e Leptophlebiidae, um dos grupos mais representativos da ordem Ephemeroptera em rios neotropicais.  Os 11 gêneros atualmente descritos para a família estão registrados para a América do Sul, sendo sete para o Brasil.  Com relação ao número de espécies, das 94 encontradas na América do Sul, 46 foram até o momento reportadas para o Brasil. Enquanto a presença de Haplohyphes Allen, 1966, Allenhyphes Hoffman & Sartori, 1999, Vacupernius Wiersema & McCafferty, 2000 e YaurinaMolineri, 2001 é improvável no país, não descartamos a possibilidade de encontrar representantes do gênero Lumahyphes Molineri, 2004.

    Sistemática

    Fazem parte de um grupo denominado Pannota, que integra em conjunto com Caenoidea, Leptophlebiidae e Potamanthidae um grupo maior denominado Furcatergalia (Ogden et al. 2009).  Juntamente com Coryphoridae, Melanemerellidae e outras famílias que não ocorrem no Brasil, é integrante de Ephemerelloidea. Molineri & Domínguez (2003) constataram que Leptohyphidae é mais próxima de Coryphoridae e juntamente com Tricorythidae, família africana, formam um grupo monofilético.

    A classificação atual de Leptohyphidae apresenta duas vertentes: Wiersema & McCafferty (2000, 2004, 2005) dividiram a família em duas subfamílias, Leptohyphinae e Tricorythodinae.  Elevaram subgêneros a gênero, além de criarem novos gêneros para espécies já conhecidas, fazendo com que o panorama da família, mas principalmente do gênero Tricorythodes Ulmer, 1920, fosse bastante modificado.  Já de acordo com Molineri (2002), em sua análise cladística deTricorythodes, enquanto alguns dos gêneros criados por Wiersema & McCafferty (2000) eram polifiléticos, os demais deveriam apenas ser considerados como grupos de espécies apomórficas.

    Diagnose (modificada de Salles 2006, Da-Silva & Salles 2012)

    **Ninfa: tecas alares anteriores unidas medialmente, posteriores presentes ou ausentes, embora em alguns gêneros estejam ausentes apenas nas fêmeas; brânquia do primeiro segmento abdominal ausente; brânquias do segundo segmento abdominal operculares de formato variado (ovaladas, arredondadas, triangulares, subretangulares), em geral não se tocando medialmente, e sem uma crista dorsal em forma de Y;tubérculos ocasionalmente presentes na cabeça, tórax ou abdome em alguns grupos.

    **Adulto: asa anterior ovalada, com cerdas na margem posterior e com margem cúbito-anal pouco desenvolvida (menor que a metade da margem externa ou quase indistinta); asa posterior, se presente, pequena (1/10 ou menos da asa anterior) e com longo processo costal; veias transversais em geral distantes da margem externa da asa anterior; filamento terminal desenvolvido, geralmente mais curto nas fêmeas.

    Habitat e meso-habitat

    Ninfas de Leptohyphidae são encontradas exclusivamente em ambientes lóticos, onde podem estar presentes diversos meso-habitats, como pedras, cascalho, folhiço, barranco, hidrófitas e áreas com acúmulo de matéria orgânica finamente particulada.  Apesar de mais comuns em áreas de correnteza fraca a moderada, às margens dos rios, encontramos ninfas de Leptohyphidae, mais precisamente Traverhyphes Molineri, 2001 e Tricorythopsis Traver, 1958 vivendo em áreas de forte correnteza, em pedras e folhas de podostemaceae, respectivamente.  Ninfas deLeptohyphodes Ulmer, 1920, por sua vez, são bastante comuns em bolsões de folhiço em decomposição, enquanto as de Amanahyphes Salles & Molineri, 2006 podem ser encontradas em barrancos de igarapés amazônicos, juntamente com ninfas da família Coryphoridae.

    Os Leptohyphidae podem ser classificados como reptantes, e caminham vagarosamente sobre o substrato onde vivem.  Ninfas de alguns gêneros, principalmente de Tricorythodes, podem apresentar fungos e matéria orgânica aderida ao corpo.

    Hábitos

    Apesar dos escassos estudos relativos à alimentação dos Leptohyphidae é provável que a maioria das espécies sejam coletoras de matéria orgânica particulada depositada no fundo, como constatado por Molineri (2003), com a possibilidade de apresentarem também hábitos raspadores.

    Referências

    Da-Silva, E. R. & F. F. Salles. 2012. Ephemeroptera Hyatt & Arms, 1891, p. 231–244.  In: J. A. Rafael, G. A. R. Melo, C. J. B. Carvalho, S. A. Casari & R. Constantino(Eds.). Insetos do Brasil: Diversidade e taxonomia. Ribeirão Preto, Holos, 810 p.

    Molineri C. & Dominguez E. 2003. Nymph and egg of Melanemerella brasiliana (Ephemeroptera: Ephemerelloidea: Melanemerellidae), with comments on its systematic position and the higher classification of Ephemerelloidea. Journal of the North American Benthological Society 22(2): 263-275.

    Molineri C. 2002.  Cladistic analysis of the South American species of Tricorythodes (Ephemeroptera: Leptohyphidae) with the description of new species and stages. Aquatic Insects 24(4): 273–308.

    Molineri C. 2003. Revision of the South American species of Leptohyphes Eaton (Ephemeroptera: Leptohyphidae) with key to the nymphs. Studies on Neotropical Fauna and Environment 38(1): 47–70.

    Ogden T.H. & Gattolliat J.L. & Sartori M. & Staniczek A.H. & Soldan T. & Whiling M.F. 2009. Towards a new paradigm in mayfly phylogeny (Ephemeroptera): conbined analysis of morphological and molecular data.  Systematic Entomology 34: 616-634.

    Salles, F.F.  2006. A ordem Ephemeroptera no Brasil (Insecta): Taxonomia e diversidade. 313 f. Tese  (Doutorado em Entomologia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

    Wiersema N.A. & McCafferty W.P. 2004. Ableptemetes: a new genus of Tricorythodinae (Ephemeroptera: Leptohyphidae).  Entomological News (2003) 114(1): 37-40.

    Wiersema N.A. & McCafferty W.P. 2005.  Contribution to the taxonomy of Asioplax (Ephemeroptera: Leptohyphidae: Tricorythodinae) in the New World. Entomological News 116(3): 147-158.

    Wiersema N.A. & McCafferty W.P. 2000. Generic revision of the North and Central American Leptohyphidae. Transactions of the American Entomological Society 126(3-4): 337-371.

  • AMELETOPSIDAE (2)
  • BAETIDAE (239)
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